quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

BERILO, AQUI E ALÉM - Diógenes da Cunha Lima

Busco Berilo e o encontro transformado em rosas vermelhas no lugar
em que seus avós já são senhores. Era assim que ele desejava ser
enquanto derramava poesia nos cantos, recantos e encantos dessa
cidade da Natal. Ele está cercado de pessoas queridas. Luis Carlos
Guimarães lhe faz provar o fruto maduro de sua poesia.
Gilberto Avelino usa um brilhante sextante como navegador que é,
enquanto apascenta o vento leste. Luis da Câmata Cascudo preside
todos os folguedos, cores e alegrias. Os meses, vestidos como raparigas,
novembro à frente, desfilam para lhe ofertar f1ores, xananas
sempre abertas.
A mesma brisa nata1ina refresca o céu, no passar lento do vento
Berilo existe e resiste, soprando Elíseos e carinhos por sobre
Maria Emilia, Henrique, Rômulo, Alexandre e Milena.
Aqui, aos setenta anos de sua presença e vinte e cinco de ausência, os
 homens continuam a trazer para suas mulheres o suor, o pão quente e
o amor. Berilo transformou-se em rua, escola, centro acadêmico, cinema e saudade.
Berilo é uma pedra preciosa que se faz luminosa em nossa lembrança.
Diógenes da Cunha Lima

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