terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DE UM AMIGO


DE UM AMIGO

             Soube pelos jornais que os irmãos franciscanos se reuniram com o Prefeito e mais algumas pessoas, e que comeram lebre e be­beram vinho, lembrando a figura de São Francisco de Assis. A reunião foi da chamada "Sociedade dos Amigos de São Francisco de Assis". Sou, nesta cidade, um grande amigo de Francisco de As­sis e, tenho a certeza, se os frades do convento Santo Antonio sou­bessem disso, me teriam chamado. Ou nem precisava isso. Basta­ria eu ter sabido que ia haver esse jantar dos irmãos franciscanos, para ter corrido até lá. E quando, diante da porta solene e alta do convento, um daqueles filhos espirituais do Patriarca da Umbria me perguntasse quem era eu para querer entrar, diria somente:
"Sou amigo de São Francisco de Assis"!
           Queria muito me sentar a uma mesa franciscana, conversar com aqueles frades pobres, ouvi-los falar daquele que amava a tu­do e a todos, enquanto um outro estendia a mão por cima do meu ombro e me entregava uma caneca de vinho. E sei que nas pales­tras deles ficaria conhecendo muito mais meu amigo Francisco do que através de umas páginas de Chesterton ou de uma tela de Giotto ou de Frei Angélico. E sei também que entrando lá os bons franciscanos não me negariam o pedaço de lebre com o trago de vinho, num bom exemplo dos santos frades das regiões italianas por onde Francisco andou, os quais sempre costumam oferecer pão e vinho aos visitantes e quando estes se vão dizem ainda: "Ci rivedremo in cielo!" (Aqui prá nós: "Tornaremos a nos ver no céu!").
            Ah, como me sentiria bem percorrendo os corredores conven­tuais, com frades me falando de tudo, me descobrindo toda a poe­sia e o amor que eles encontram ali dentro. Pois estes de hoje tam­bém amam a tudo e a todos, como o filho de Pietro di Bernardone. Preciso ficar amigo de todos aqueles franciscanos, o mais cedo possível. E preciso saber quando a "Sociedade dos Amigos de São Francisco de Assis" vai reunir-se de novo. Se eles não me convi­darem, irei sozinho e farei como disse acima. Lembrarei que sou amigo daquele que anda pelas estradas da Umbria com uma flor ou um crucifixo na mão e seu cântico de amor na boca:
             "Laudatu si, mi signore, por ser acqua,
              La quale é molto utile e pretiosa e casta".

(BW)

Um comentário:

  1. Olá,
    Paz e Bem!
    Caso, seja possível, pedimos divulgar entre os seus amigos:
    http://imagensfranciscanas.blogspot.com/
    Lembrando São Francisco de Assis.
    Muito obrigado.

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